Passadas as eleições de outubro, onde prefeitos de todo o Brasil foram eleitos ou reeleitos, ficam as seguintes perguntas: Haverá tratamento igualitário entre os que votaram ou não em vossas excelências? A perseguição política e a caça às bruxas continuará acontecendo durante os próximos quatro anos para quem declarou voto na oposição ou para aqueles que não contribuíram como deveriam? Por mais óbvio e lamentável que a questão pareça, em um país cujo patrulhamento ideológico nunca deixou de existir na maioria das quase 5.600 prefeituras brasileiras, a cada momento me aproximo mais da necessidade urgente de uma reforma política séria – não casuística - e da revisão de nossos códigos, com leis e decisões mais ágeis e severas. Caso isto não aconteça, episódios como o relatado pela Globo News ( neste fim de semana) sobre o Prefeito de Sertão Santana, no Rio Grande do Sul, que vem humilhando e colocando "de castigo" dezenas de servidores por não terem declarado apoio a ele, continuarão a ser vergonha nacional para quem procura defender a ética e a obrigação que o governante tem de ser probo, como determina a constituição. E não é só lá não. Estamos fazendo contato com parlamentares e veículos de comunicação a fim de conhecer outras situações para que, em breve, façamos um manifesto com objetivo de contribuir com os estudos relacionados à própria reforma política que, entre outros pontos, deverá discutir tempo de mandato, reeleição, abuso de poder econômico, compra de voto,etc. Fica a última pergunta: Você gostaria que o dono do seu voto continue a ser ele?
