terça-feira, 25 de novembro de 2008

LUGAR DE CENSURA

Domingo foi dia de eleições regionais na Venezuela. Foram escolhidos 22 governadores, 338 prefeitos e 233 parlamentares. Segundo especialistas, o ditador Hugo Chávez manteve o controle na maioria dos estados, mas sem uma vitória retumbante. Houve campanha nas ruas, comícios, discursos, compra de voto, pressão de todos os lados e isto nós conhecemos bem por essas bandas. Um pouco diferente de nosso processo eleitoral foi a prorrogação do horário de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e as declarações de dirigentes do órgão regulador de radiodifusão (Conalde) e do próprio presidente Chávez que a todo momento ameaçaram fechar veículos de comunicação que dessem qualquer tipo de informação sobre os resultados parciais ou totais e, ainda, cancelar as licenças de forma que esses veículos nunca mais transmitissem nada. Sabemos que no Brasil esta prática se instalou, muitas vezes sob disfarces, onde o governo tenta vencer com sua força intimidadora e uma das formas é calar quem siga o princípio básico de mostrar a verdade e ajudar a formar opinião. Acordos para que “veículos se tornem chapa branca e colaborem com a política local” já fazem parte do vocabulário desses inescrupulosos homens e suas máquinas de fazer dinheiro.