A BORDO DO BRASIL

Na política, a ideia de querer colocar todo mundo "no mesmo barco" às vezes não dá muito certo. O passeio no navio Comandante Maximiano, que o presidente Lula está propondo no próximo dia 30, tendo a bordo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), além dos "homens do convés" Sérgio Cabral e Paulo Hartung, governadores do Rio e do Espírito Santo, respectivamente, pode fazer naufragar sua pretensão de continuar com a mão no leme. Lula parece se esquecer, com sua arrogância peculiar, que lá fora, no além-mar, existe uma forte crise econômica e outras correntes de pensamento que não incluem um único cruzeiro para se arrumar as coisas. Felizmente, apesar das tentações do luxo dos transatlânticos governamentais, ainda existem forças que pretendem acabar, de fato, com as desigualdades entre as demais classes neste grande navio chamado Brasil.