Mulheres fumantes têm seis vezes mais chances de sofrer um infarto do que as não-fumantes. Quando utilizam pílula anticoncepcional, o risco pode ser até 30 vezes maior, segundo estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston (EUA). As más notícias para o público feminino não param por aí. A relação de mortalidade por doença arterial coronária entre homens e mulheres, que em 1970 era de dez homens para cada mulher, é hoje de 2,45 homens para cada uma em São Paulo. Segundo o cardiologista Antonio Carlos Carvalho, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), já existe uma "verdadeira epidemia" de infartos entre as mulheres brasileiras. Tanto que o assunto será um dos destaques do congresso anual da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que ocorre neste mês em São Paulo. Carvalho afirma que na faixa etária acima dos 70 anos a mulher já alcançou o homem em número de mortes, com uma relação de 1 para 1.
Extraído da Folha de São Paulo