quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
COISA BOA
Tão bom quando abro os jornais e vejo manchetes como a que condenou o banqueiro Daniel Dantas a dez anos de prisão. Sua condenação foi por corrupção ativa, por tentativa de subornar um delegado da PF, e deverá ser cumprida em regime fechado, além do pagamento de R$13,4 milhões. Para o juiz Fausto De Sanctis, o banqueiro despreza as instituições públicas, tem personalidade desajustada e reza pela cartilha do vale-tudo. A defesa, como é de esperar, recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF) alegando que o processo é fraudado e pedindo a nulidade da sentença. Mesmo sabendo que no final o juiz é que pode vir a ser o culpado, pois neste país é recomendável ficar rico e ter influência nos três poderes antes de se cometer algum crime, acho que no aspecto simbólico da condenação nosso Judiciário começa a atingir a maturidade e a mostrar que a Justiça é para todos. Quanto ao papel de um veículo de comunicação sério, continua a ser o mesmo: informar e deixar que a opinião pública se manifeste.