segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
JUIZ BONZINHO
As investigações sobre o suposto esquema montado pelo Judiciário capixaba apontam, também, para fortes evidências de nepotismo. Através delas, o Ministério Público conseguiu desenhar um organograma que mostra relações de parentesco, onde o desembargador Frederico Pimentel, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, seria um dos magistrados mais “beneficiados”, tendo conseguido empregar 17 parentes. O festival não pára por aí. Um de seus filhos é o juiz da Vara da Fazenda Pública de Cariacica, também preso semana passada. Sua mulher também é juíza criminal de Vitória e, segundo o organograma, ela teria primos e a irmã empregados no Judiciário. As investigações do esquema de corrupção apontam que o TJ/ES foi usado para negócios em família e entre amigos. Se forem confirmadas todas as acusações, fica claro que, quando há uma “ação entre amigos”, onde o objetivo é a locupletação da coisa pública, a ganância não tem limites e pessoas como estas não acreditam em limites externos à sua atuação. Aí, a vaca vai pro brejo.