terça-feira, 16 de dezembro de 2008

MAGISTRADOS MAIS DISCRETOS

Nos próximos dias, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pelo controle externo do Judiciário, vai enviar para os magistrados de todo país o código de ética da categoria. Serão distribuídos dez mil exemplares contendo várias recomendações, entre elas de que devem procurar agir com a maior discrição possível, evitar se expor à luz de holofotes, recusar presentes ou vantagens de pessoas que aguardam decisão judicial (pessoas físicas, jurídicas e entes públicos), sem mencionar valores dos mimos e que a participação político-partidária não deve conter excessos e, se possível, evitada. Para o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, “o documento visa fortalecer a legitimidade do Poder Judiciário e garantir a independência dos profissionais”. Tais recomendações são apropriadas uma vez que muitos magistrados se esquecem – ou têm lapsos – quando o assunto é o combate de toda e qualquer tentativa ligada à práticas corruptas e de que eles, tal como nós, jornalistas, devem sempre evitar ser o objeto principal de um acontecimento.O código é mais uma boa ferramenta de combate à improbidade e à corrupção.E que o conselho aja com todo rigor, como vem fazendo, tirando de circulação maus juízes cujo dever maior é a justiça.