terça-feira, 24 de março de 2009
MAIS INCENTIVO À CRIMINALIDADE
Quando pensamos que já vimos tudo de ruim, surge algo tão ou ainda pior. Seja em relação à criminalidade, com assassinatos de ex-esposas e sequestros de filhos pelos próprios pais, redes de pedofilia se multiplicando em cada esquina, avô ou pai que estupram filhos e engravidam filhas, uma sociedade cada vez mais acuada pelo tráfico e pelas balas que, perdidas, encontram, sempre, inocentes, sequestrados sendo mortos mesmo após pagarem o resgate, latrocínios cometidos, a qualquer hora e por qualquer motivo, por bandidos "de menor" escoltados por "de maior" e uma outra centena de tipos de crimes hediondos que contam com a certeza da impunidade ou na melhor das hipóteses com a quase complacência da Justiça. Agora, eis que surge no triste cenário nacional, de tantas injustiças sociais,- como já era esperado - uma outra forma de perversão em todos os níveis: a da criação e venda de programas de computador ( jogos do tipo Nãoentendo ) que estimulam estupro, prática de pedofilia e assassinatos onde o jogador escolhe, vai atrás das vítimas e recebe pontuação (?) pelas "conquistas" alcançadas. Até quando as autoridades, muitas, certamente, beneficiadas pela própria ilegalidade e, no caso em questão, pela pirataria, vão continuar fingindo preocupar-se com leis tão brandas? Acho que já passou da hora - e do século - de as instituições, entre elas a Igreja Católica, sairem, por exemplo, do discurso de um mundo onde o importante é o arrependimento, que deve-se abolir o uso de preservativos, que os desvios de conduta são ressocializáveis com o sistema carcerário e com o Código Penal existentes e que a sociedade é capaz de fazer muito mais. Com uma sociedade cada vez mais refém de si mesma, presa em sua própria casa e que conta, apenas, com um Estado enfraquecido, resta ao homem de bem e às próprias instituições passarem a defender penas muito mais severas para crimes bárbaros, sem demagogia ou outra forma oriunda do poder pelo poder.