A queda do preço do petróleo no mercado internacional, que derrubou a cotação do barril à casa dos US$ 40 depois de ter ultrapassado US$ 100 em 2008, já ameaça o orçamento das cidades que se tornaram dependentes dos royalties e participações especiais da extração na costa. No Estado do Rio, que fica com a maior parcela dos recursos por liderar a produção do País, algumas cidades podem perder quase metade dessas receitas, inviabilizando projetos políticos construídos na abundância de recursos. A maioria dos prefeitos agora tem de cortar custos para honrar promessas de campanha. Segundo estimativas do curso de pós-graduação em Planejamento Regional e Gestão de Cidades da Universidade Cândido Mendes (Ucam), as nove cidades fluminenses que mais recebem recursos do petróleo perderão R$ 650 milhões apenas na conta de royalties, mantidas as condições atuais. A queda também afetará municípios de outros Estados, que, em 2008, receberam juntos R$ 3,7 bilhões em royalties. Em participações especiais, foram outros R$ 1,1 bilhão.
O Estadão